terça-feira, 26 de maio de 2009

Minha aluna Rosa


Dia desses recebi um e-mail que falava de uma senhora de mais de oitenta anos que se tornou um exemplo de tenacidade e vontade de viver, ingressando numa faculdade em um momento da vida em que muitos estão se rendendo ao ocaso.

Bem, curiosamente eu tenho uma aluna chamada Rosa que não tem oitenta e dois anos. Tem vinte a menos, mas que podia perfeitamente estar fazendo crochê e tocando em frente sua aposentadoria. A exemplo da Rosa de que falava o e-mail, minha aluna é uma pessoa de alegria contagiante, que está concluindo um curso de Comunicação e na metade de um curso de Direito.

Eu a vejo sempre pela escola em animadas rodas de conversa e não consigo me lembrar dela sem que o seu sorriso largo e franco esteja associado. Eu sou uma pessoa que se apega facilmente aos alunos. De alguns, sinto saudades como se fossem filhos, mas a Rosa é uma pessoa que eu não vou esquecer jamais. E não é por todos os mimos que ela me oferece, nem porque somos as duas, viciadas em Coca-Cola, mas porque tenho orgulho de ter tido na minha sala de aula uma mulher intensa, cordial e determinada. Daquelas que sabem oferecer ternura e pulso forte na hora certa.

Deus sempre foi generoso ao me conceder o privilégio de conhecer pessoas que valem à pena. E hoje senti uma vontade enorme de materializar o meu carinho por ela e dizer que sou grata, não apenas por ter tido a oportunidade de conhecê-la e me tornar sua amiga, mas por todas as lições que ela, mesmo sem se dar conta, me ensinou. Ou seja, durante todo esse tempo, ela foi a mestra, não eu.

Um beijo, Rosa.

2 comentários:

Bailarina disse...

A Rosa tem cara de quem dá boas gargalhadas!!! Aliás, isso é mesmo coisa de todas as Rosas que já conheci!

Anônimo disse...

Eu sou fã da Rosa e de você! Enquanto lia uma e via a outra senti saudade e prazer por ser próximo das duas! Beijos!