domingo, 28 de novembro de 2010

De volta "à Prisão"


Eu sou daquelas pessoas óbvias. Vergonhosamente, óbvias. Isso se reflete na minha obsessão por tudo que conheça e me ofereça um pouco de segurança. Esse desvio se manifesta fortemente no gosto por filmes ou séries que já vi e que, vez ou outra, vejo de novo, e de novo...e outra vez.

Nessa semana tive um revival de “Prison Break”. Já falei da saga de Michel Scolfield e Linconl Burrows. Dois irmãos e a tentativa do primeiro para libertar o segundo, preso injustamente e a caminho da execução no corredor da morte. Esgotadas as possibilidades de provar a inocência do irmão pelas vias legais, Scolfield planeja sua fuga e isso significa ser preso no mesmo lugar o que permite contar uma boa história cheia de reviravoltas e de personagens inesquecíveis, como o nefasto “T-Bag”.

Devo a Prison Break acelerar os ponteiros do relógio e fazer o tempo ser menos hostil nesses dias de tédio e de angústias. Envolvida na trama, cujo final já conheço, mas que não para de me encantar vou tocando meus dias e noites. De vez em quando percebo o olhar de surpresa do Helvécio e dos meus filhos, algo que pode ser traduzido por: “de novo”?

Enfim, como já disse em outros momentos, na ausência de uma história pessoal de aventuras e desprendimento, na expectativa do que me espera, dos medos e da mais completa falta de coragem para enfrentá-los, vou mascarando a realidade com doses de adrenalina fake, vou me inserindo na trama de Michel Scolfield, embevecida com seus olhos azuis e sua obstinação. Essa é a minha estratégia de fuga.






quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Amigos Possíveis


Quando vim morar em Brasília, a despeito da novidade de começar uma nova vida, me assustava muito com a solidão. Eu estava deixando minha família e bons amigos. Os primeiros tempos por aqui não foram fáceis. A solidão era realmente um pesadelo. Eu olhava da sacada do apartamento e sofria pela ausência das pessoas queridas. Naquele tempo não tínhamos a facilidade da Internet e o contato só podia ser feito por telefone – era caro – ou por carta. Era barato, mas elas demoravam para chegar. De qualquer forma, todos os dias a primeira coisa que fazia ao chegar em casa era conferir a caixa de correspondência e depois, esperava ansiosa pelo toque do telefone.

Com o tempo isso foi mudando. Fazer amigos, nunca foi um problema para mim, mas até que isso aconteceu, a maior dificuldade era a falta de alguém para conversar. De falar as coisas simples do dia a dia.

Na falta dos amigos eu me agarrava ao que era possível. Lembro, por exemplo, que eu saia de casa cedo e sempre que perdia a hora, precisava ir de Taxi. Usava, naquele tempo, o serviço de um ponto que ficava na Asa Norte e era atendida por um mesmo motorista. Quando ele me deixava no trabalho dizia: “bom dia, fica com Deus”. Acreditem. Eu chorava, pois era como se fosse o meu irmão, ou um amigo, ou um parente que me dava carona e que se importava comigo.

Eu costumava tomar o café da manhã na Galeria dos Estados, numa lanchonete que servia sucos naturais. Lembro com carinho que uma das atendentes sempre fazia meu suco e que quando eu chegava e era atendida por outra, que perguntava: “com água ou leite?” a que me atendia todos os dias, retrucava: “ela não toma leite, é com água”. Isso me dava à impressão de uma mãe zelosa com as manias de seus filhos.

Outra pessoa que cuidava de me acolher e de fazer com que eu me sentisse menos solitária era a faxineira. Dona Zenilde. Ela nunca me deixava sair sem um: “vai com Deus, filha.” E isso era um alento.

Havia também a atendente da Livraria que até me propôs abrir uma conta, pois era uma cliente regular. Ela sabia meu gosto, separava títulos interessantes e conversávamos sobre os livros. Foi ela quem me apresentou à obra de Manuel Puig, antes mesmo de “O Beijo da Mulher Aranha”. O mesmo fazia o vendedor de discos que um dia me disse: “Leva esse. Você não vai se arrepender”. Era o “LP” de Lulu Santos, com uma capa vermelha e foi minha primeira aquisição “pop”, pois eu era uma xiita musical. No meu conceito de MPB daquele tempo só cabia Chico Buarque, Caetano Veloso, João Gilberto e outros desse time.

Por fim, fui conhecendo pessoas, fazendo amigos e me inserindo no universo dessa cidade particular. Conheci pessoas que eu pensei que seriam para sempre, mas como diria Renato Russo, “o prá sempre, sempre acaba”.

Considero ter sido uma amiga fiel, acho que muitas vezes coloquei os amigos acima até dos meus próprios interesses. Os amigos sempre foram uma prioridade, pois como já tive a oportunidade de dizer, eles são irmãos que não se impõem pelo sangue, mas pela escolha. Entretanto, uma das coisas mais duras que aprendi, foi que mesmo quando escolhemos gostar das pessoas, isso não garante que elas sejam obrigadas a gostar de nós.

Nos últimos tempos, sinto como nos primeiros meses em Brasília: uma solidão imensa. O telefone não toca. Ninguém vem me visitar. Meus dias são feitos de um vazio insuportável e da expectativa de que a noite venha e Helvécio chegue para que eu tenha com quem falar. Às vezes, ligo para minha mãe para falar de coisas bobas, apenas para não me sentir só. Ontem, me sentia tão triste e só, que decidi sair um pouco. Fui ao Brasília Shopping, um lugar que sempre me traz boas lembranças. Fiz um lanche, tomei sorvete, comprei DVDs, pois os filmes têm sido – sem trocadilhos – “bons companheiros”.

Quando sai do shopping encontrei na rua um desses amigos anônimos. É um garoto chamado Marcos. Ele vende doces no cruzamento da Rodoviária e desde muito tempo fala comigo como se nos conhecêssemos desde a infância. Ele me viu e veio com os olhos alegres perguntar como eu estava, porque estava tão sumida. Fiquei profundamente emocionada. Amanhã, vou me encontrar com a Edna. Ela é a minha podóloga. Sempre que vou até lá, ela me trata com uma deferência que transcende a relação de bom atendimento ao consumidor. Ela carinhosamente se preocupa com a minha saúde, da última vez, me achou tão abatida, que me ofereceu uma massagem relaxante e sempre me mima com palavras de apoio e esperança.

Assim como não podemos contar com príncipes, amigos também, são aqueles possíveis! Isso é o que temos para o momento.


domingo, 21 de novembro de 2010

Sobre Principes Encantados...



Como é de domínio público, minha principal diversão nos últimos tempos é assistir filmes que foram lançados há dez, vinte, trinta anos. Eu vou às Lojas Americanas e compro DVDs que tenham tido algum significado. Da última vez, eu trouxe para casa “Uma Linda Mulher”. Sim, o conto de fadas protagonizado por Julia Roberts e Richard Gere.

Hoje eu o assisti. E claro, chorei ao final quando o príncipe Edward Lewis arrebata Vivian, sua princesa plebéia, a despeito dela ser uma prostituta e ele, um milionário.

Na vida real sabemos que não funciona bem assim, mas nós mulheres sonhamos, de forma infantil e inacreditável, com um príncipe que irá nos resgatar da torre em que somos mantidas reféns por alguma bruxa malévola.

Eu sempre acreditei em príncipes. Desculpe, apesar de já ter feito o estilo “independente futebol clube”, sempre achei que a felicidade estava, intrinsecamente, associada ao amor de um homem e sua capacidade de prover minha lista de desejos e aspirações.

Meu primeiro príncipe se chamava Ricardo. Não! Eu nunca conheci um Ricardo de verdade e sequer me apaixonei por um. Quando adolescente, simplesmente achava que Ricardo era um nome que estabelecia uma estreita vinculação com a categoria de príncipe. Ricardo Albuquerque era perfeito. Ficava horas me imaginando Ana Maria Monteiro de Albuquerque. Quando li “Os Maias”, de Eça de Queiróz, fiquei tentada a ser Ana Maria Monteiro Castro Gomes. Sim, eu sei que esse não era o mocinho da trama, mas o sobrenome me parecia mais imponente que “Maia”.

A vida foi me ensinando que não há nada mais improvável que o amor de um príncipe. E claro, quando falo de príncipe estou considerando aquela categoria de homem que é capaz de arrebatar o coração de uma mulher, de tirar-lhe o sono, de fazê-la flutuar, mesmo que seus pés não saiam um tantinho sequer do chão. Daqueles que a gente vê nos filmes de Hollywood, com final feliz, nos quais sempre tem música quando o inacreditável beijo acontece.

Quando chorava ao final de “Uma Linda Mulher”, senti uma mão segurando a minha. Não era sonho, era o meu imperfeito príncipe. Aquele que me coube ter. Ele não é de exímia beleza, ele não sabe as falas dos príncipes do cinema, por vezes ele é tosco, como o “Shrek”, mas é ele que enxuga minhas lágrimas e sabemos que nos últimos tempos elas são quase como uma torneira aberta pingando sem parar. É ele quem me acolhe nas horas em que tudo parece não ter solução. É para ele que meu pensamento se dirige, sempre que me sinto em perigo. E embora ele não empunhe uma espada e nem monte um cavalo branco, é graças a sua generosidade e proteção que minha vida parece ter algum sentido nesses dias em que as nuvens de chuva insistem em rondar meu reino. E sinto, sempre que ele me envolve com seu abraço terno, que estava pronto, me esperando, “mil dias antes de me conhecer”....

“Vivia a te buscar,
Porque pensando em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu
Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol
Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás
Da casa vazia
Eu ingressaria
E te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer”...

(Valsa Brasileira, Chico Buarque)


sábado, 20 de novembro de 2010

"SOU EU"...


O samba não é meu ritmo favorito. Tempos atrás eu gostava dos clássicos, incluindo nesse roll o inigualável Chico Buarque, que convenhamos, não pode ser enquadrado na categoria de sambista. Ele é, e sempre será mais que isso.

Nos últimos dois dias, entretanto, o samba entrou para o meu repertório de honra. E isso aconteceu graças a Diogo Nogueira. Aliás, justiça seja feita, só fiz essa concessão por conta de seu pai, João Nogueira. Os dois têm timbres de voz muito parecidos e eu decidi me dar o DVD gravado por ele, com a participação de Chico Buarque e Ivan Lins.

Foi uma ótima surpresa. A música me contagiou, eu até ensaiei uns passinhos e depois de muitos dias vivendo no limbo, tomada pelo medo, angústia e ansiedade, fui capaz de sorrir, de me alegrar com o ritmo, com as letras e também me emocionar.

O melhor disso? Ouvir uma música que também toca o coração do meu filho Rodrigo. Foi ele quem me disse um dia desses, “mãe, compra o disco do Diogo Nogueira, você vai gostar.” E ontem, ficamos os dois aqui na sala ouvindo juntos, uma música que está além dos rótulos. É disso que gosto, de música que é boa independente do carimbo.


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

BR 060


Em 1970, Tony Tornado ganhou o Festival Internacional da Canção com a música “BR 3”, que falava sobre a famosa rodovia que liga o Rio a Belo Horizonte. Virou um hit, em especial, pela coreografia que o cantor criou. Bem, mas esse post não é sobre a música, nem sobre a importância dos festivais.

Voltei hoje de Goiânia. Faz muitos anos que pego a estrada que liga as duas cidades, mas hoje foi especial. Estava sozinha e durante as duas horas e alguns minutos meus pensamentos fizeram uma viagem paralela pelas lembranças. Curiosamente, percebi que a estrada pode ser vista como um personagem de filme e no decorrer dos anos, várias vezes, funcionou, também, como um ente querido.

A primeira vez que cruzei a BR 060 de Goiânia para Brasília eu era uma adolescente. Fizemos uma visita a uma prima que morava na capital federal. Seu marido era um carioca, negro, alto, muito alto, chamado Agenor. Cheguei à cidade com meu irmão, minha cunhada e minha prima Ruth. Lembro-me de algumas coisas desse dia: a cidade me pareceu um deserto com prédios distribuídos no meio do cerrado. Minha prima – que viria a morar na cidade antes de mim – disse que jamais moraria aqui. Lembro que almoçamos muito tarde, por volta de duas da tarde, o que para os hábitos metódicos de meu irmão, era uma aberração. Nesse dia, pela primeira vez, vi alguém servir maionese com beterraba. Isso sim, achei aberração maior ainda.

A segunda vez, eu vim com a Mazzarelo, minha meio irmã e seu namorado Tobias. Ele veio resolver questões burocráticas e eles me convidaram. Dessa viagem lembro-me de uma coisa estupenda para a época. Pela primeira vez, subi numa escada rolante. Foi uma experiência e tanto. Comemos pastel na Rodoviária e eu achei o máximo “andar” naquela máquina que fazia a gente se deslocar de um andar para outro sem esforço.

Eu não me lembro da terceira vez. Minha memória só alcança a viagem que fiz quando a prima Ruth já morava aqui. Lembro-me, particularmente, da volta. O então namorado dela, Carlos, decidiu nos levar de volta a Goiânia. "Nós", nesse caso, era minha amiga Dudu e eu. Na época, a estrada não era duplicada e ele fez o percurso em uma hora e quarenta e cinco minutos. Foi inesquecível, pois Dudu e eu mal respiramos de tanto medo.

Depois, a estrada se tornou uma constante para mim. Foram mais de quatro anos indo e vindo com muita freqüência. A razão? Aquele amor que já mencionei. Fazíamos revezamento e desse tempo eu me lembro como eram tristes os retornos. Era dolorido ir embora. Fiz dúzias de viagens de carona Goiânia/Brasília com dona Elodia. Uma senhorinha de pouco mais de um metro e meio, se muito. Na época, ela era responsável pelo malote de uma loja de fotografia de um amigo meu. Saia pontualmente às 18h00 de Goiânia e passei a acompanhá-la. Nos tornamos amigas e confidentes. Ela foi uma fonte de aprendizado para mim e as viagens passavam como um raio, pois nossas histórias faziam o relógio andar rápido.

Dessa época, lembro-me de uma viagem que fiz com meu irmão Roberval. Ele veio trazer os móveis que adornariam a casa que seria minha e do amor daquele tempo. Foi uma oportunidade rara que desfrutamos, falando de coisas que poucas vezes tínhamos privacidade para tratar.

No percurso de hoje, tantos anos depois, as lembranças foram evidenciadas pela trilha sonora. A música de Ivan Lins que há muito eu não ouvia foi responsável por trazer de volta um turbilhão de recordações. Estavam lá a viagem de moto e a parada nas mangueiras para descansar. A tentativa de achar o fio da meada daquele amor que se perdeu para sempre. A música “Começar de Novo”, entregue como um troféu para ilustrar a minha capacidade de ter superado uma separação, que naquele tempo parecia uma tragédia, mas que provou ser brincadeira de criança frente à separação que viria depois.

A estrada foi testemunha de muitas lágrimas. Chorei um milhão de vezes achando que não haveria mais razão para viver. Cheguei mesmo a tentar um atalho passando dessa para outra, mas me esquecendo que quem morre de véspera é peru. Dessa trágica viagem lembro-me do Lizandro indo me buscar na Rodoviária e determinando: “chega”! Mas, novos episódios pouco memoráveis ocorreram ainda.

Pouco tempo depois, o destino cuidou de dar seu basta às minhas ilusões, colocando no meu caminho um amor que foi crescendo e se tornou uma história de verdade. Nos primeiros tempos, cruzamos a estrada com parte do mobiliário, dessa vez, para uma casa que seria efetivamente nossa, para a família que estávamos começando a construir. Essa família foi responsável por outros momentos memoráveis nesse percurso. Nossos filhos crescendo, e mudando o roteiro dessas viagens. As paradas inevitáveis para dar comida aos meninos, fazer xixi, ver de perto o passarinho, pisar no chão de terra e responder as perguntas sem respostas óbvias que eles faziam sem parar. “Mamãe essa estrada vai até o infinito”? “Papai, posso dirigir seu carro”? “Mamãe, porque a gente não pode ir no banco da frente”. “Pai, porque há tantos verdes diferentes?’ “Mamãe, aquelas árvores estão encostando no céu?”.

Assim que eles foram crescendo, as viagens foram ganhando outros enredos. Novos personagens e a estrada também sofreu suas mutações. Mudou para melhor. As pistas aumentaram, o trajeto ficou mais rápido, mais seguro.

Vezes e vezes cruzei essa rodovia sozinha. Dúzias de vezes achando que não tomaria o caminho de volta, que seria a última vez. Certa ocasião peguei os meninos e cheguei a Goiânia pronta para tomar um porre. Logo eu, que nunca gostei muito de beber. Era uma forma de delimitar território, de realçar a capacidade de ser dona de mim. Nessa aventura, me acompanhou a Vânia, na noite em que tomamos um balde de margaritas e fizemos charme para o garçom. Final de linha.

A Vânia também estava presente numa das viagens em que afundei o pé para chegar a tempo de pegar um show do João Bosco que, aliás, foi trilha sonora de muitas viagens.
Viviane também foi minha companheira em várias ocasiões. Íamos juntas cantando juntas todos os hits do Drexler, trilha sonora para nossas conversas tristes e alegres. E tivemos a inesquecível freada ao chegar a Samambaia quando uma moto saiu do nada e pensamos que não haveria como não arremessar seus passageiros e respectivas sacolas.

Houve um tempo em que senti uma enorme vontade de não precisar mais cruzar esse trecho. Muitas vezes, fazer esse percurso foi uma busca inevitável do colo de minha mãe. Outras, eu deixei Goiânia sentindo hostilidade por ela. Família é assim. A gente ama e odeia em frações de segundo. Hoje, sai de lá chorando, pois foram ótimos os dias que estivemos juntas. Cada vez mais, também, sofro por me separar de meu irmão. Ele e suas piadas, seu jeito peculiar de expressar amor. Enfim, a vida é assim.

A viagem de hoje foi marcante, pois os procedimentos cirúrgicos que me aguardam e a proximidade cada vez mais determinante do começo da diálise criam insegurança, lançam-me num processo de medo e ansiedade permanentes.

Espero, entretanto, que ainda haja muitas viagens e que elas sejam sempre momentos de alegria pelo reencontro e de esperança de que a vida possa ser verdejante como a paisagem dessa estrada e que representem um "começar de novo". Estou lendo “O tempo entre costuras” e uma frase foi muito significativa: “Deus aperta, mas não sufoca”. É com isso que estou contando.