
Catilangos são “seres” abjetos. Ou se preferirem, “seres” abjetos quase sempre evoluem para a condição de catilangos. Assim como os camaleões, eles tendem a mudar de cor para se adaptar a um ambiente ou a uma situação. Quando você menos espera, eles te surpreendem. Sua arma é o veneno liberado em pequenas porções. A idéia do catilango é a morte lenta, para agonia da vítima.
Os catilangos são como chuva em dia de piquenique. Eles são como ventilador na sua farofa, ou como lama no seu sapato novo e branco. Uma pesquisa recente demonstra que os catilangos, assim como as baratas, podem sobreviver a ataques nucleares. Eles não vivem em comunidade, pelo simples fato de que um catilango não se reconhece como tal. O principal artifício do catilango é vencer a presa pelo cansaço. Por isso, ele faz ataques sistemáticos, mas não planejados.
O certo é que, como a morte e os impostos, eles existem e vão fazer parte da sua vida em algum momento. Se você não estiver atento, assim como os carrapatos, os catilangos podem se tornar hospedeiros e sugar seu sangue, fragilizando seu sistema nervoso e te induzindo à baixa auto-estima.
Nunca, em hipótese alguma, menospreze o poder dessa espécie. E se a ira te fizer esquecer disso, use a proteção de água benta e alguns dentes de alho e sempre que possível, faça oferendas aos deuses. Mesmo que eles passem por momentos de transição nos quais, a exemplo dos gatos, pareçam domesticados. Ao menor sinal de ameaça, as garras vão estar ali, afiadas. Se você tem um catilango por perto, abra o olho.
Cientistas estudam métodos de combate a esses predadores, mas os resultados são inconclusivos.