sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Rota de Fuga


Poucas pessoas lêem o que escrevo, mas aquelas que o fazem parecem se importar quando me afasto daqui. Não sei o que me fez passar todo o mês de agosto sem registrar uma única linha. Talvez o peso de ter chegado aos 4.9. Talvez a excessiva carga de trabalho, ou quem sabe até a falta de assunto.

Bem, falta de assunto não é. Todos os dias a vida nos oferece farto material para escrever. Se fosse sobre alegrias, eu poderia contar que tive um dos aniversários mais bacanas da minha vida. Pela primeira vez minha família estava quase cem por cento na minha casa e os poucos amigos também. Foi muito bom. Eu me senti feito criança no meio daquela gente toda. Foi tanta euforia que quando foram embora eu adoeci. Bem, mas ai já é conversa para o meu terapeuta. Sim, esse é um assunto que merecia espaço aqui.

Depois de um longo exílio eu voltei para o André. Estamos nos reconhecendo, afinal muitas águas passaram por nossas vidas. Houve um tempo em que eu gostava de dizer que não conseguia mais viver sem duas coisas: um closet e o André. Digamos que sobrevivi à falta dos dois, mas é bom estar de volta e ter esse oráculo.

No mais, vida que segue. Cada dia mais trabalho e menos tempo e alguns dissabores também. Um deles acabou me deixando uma semana em Goiânia. Foi um momento do tipo: “para o mundo que eu quero descer”. E quer saber? Não foi tão ruim ficar quieta e longe da rotina. Foi bom ser cuidada e ter tempo para pensar e até para não pensar.

Por falar em pensar... Optei pelo caminho inverso. Ao contrário de boa leitura e reflexões aprofundadas venho me dedicando à prática do escapismo. A fórmula ideal? Seriados americanos. Primeiro, cinco temporadas de “Grey’s Anatomy”. Nesse, as histórias giram em torno de médicos residentes em um Hospital de Seatle. Medicina é o que menos conta. A graça está nos romances e nos casais e seus encontros e desencontros.

Agora, enquanto aguardo o recomeço da sexta temporada de Grey’s, acompanho uma história de suspense permanente: “Prison Break”. Ou seja, saí do hospital para um presídio e minhas noites e finais de semanas são dedicados a uma trama que envolve a fuga de alguns presidiários.

Enfim, a fuga da história acima veio sob medida para me ajudar a fugir de mim.

Um comentário:

Bailarina disse...

Então eu tenho sido uma chata com meus pedidos insistentes sobre a realidade, né? rs Tudo bem, eu entendi o recado! Nada de Dr.a Letícia e similares, apenas médicos e presidiários! Tá combinado, mas desde que vc esteja bem, e perto da gente!