domingo, 28 de novembro de 2010

De volta "à Prisão"


Eu sou daquelas pessoas óbvias. Vergonhosamente, óbvias. Isso se reflete na minha obsessão por tudo que conheça e me ofereça um pouco de segurança. Esse desvio se manifesta fortemente no gosto por filmes ou séries que já vi e que, vez ou outra, vejo de novo, e de novo...e outra vez.

Nessa semana tive um revival de “Prison Break”. Já falei da saga de Michel Scolfield e Linconl Burrows. Dois irmãos e a tentativa do primeiro para libertar o segundo, preso injustamente e a caminho da execução no corredor da morte. Esgotadas as possibilidades de provar a inocência do irmão pelas vias legais, Scolfield planeja sua fuga e isso significa ser preso no mesmo lugar o que permite contar uma boa história cheia de reviravoltas e de personagens inesquecíveis, como o nefasto “T-Bag”.

Devo a Prison Break acelerar os ponteiros do relógio e fazer o tempo ser menos hostil nesses dias de tédio e de angústias. Envolvida na trama, cujo final já conheço, mas que não para de me encantar vou tocando meus dias e noites. De vez em quando percebo o olhar de surpresa do Helvécio e dos meus filhos, algo que pode ser traduzido por: “de novo”?

Enfim, como já disse em outros momentos, na ausência de uma história pessoal de aventuras e desprendimento, na expectativa do que me espera, dos medos e da mais completa falta de coragem para enfrentá-los, vou mascarando a realidade com doses de adrenalina fake, vou me inserindo na trama de Michel Scolfield, embevecida com seus olhos azuis e sua obstinação. Essa é a minha estratégia de fuga.






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