quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

“Rogai por nós, que recorremos a vós”


Desde sempre sou cobrada na minha família por não ter uma conduta religiosa mais disciplinada. Tenho uma origem católica, tenho um companheiro de formação católica, mas meus filhos não foram criados com o hábito de freqüentar a igreja, assim como eu. Isso, de certa forma, sempre soou como um distanciamento ou até mesmo negligência. Na juventude, não ir à igreja talvez fosse mesmo uma forma de rebeldia. Mas a maturidade promove muitas mudanças e embora eu continue um tanto avessa aos rituais, sinto que a religiosidade vem me envolvendo numa teia.

Ontem estava em casa quando ouvi um cântico religioso. Olhei pela janela e era uma pequena procissão. Algo não muito comum em Brasília, especialmente numa quadra em que todos vivem em apartamentos. Fiquei profundamente emocionada e chorei copiosamente.

Aprendi com minha sobrinha Viviane a rezar e fazer novenas para santa Terezinha. Bem, eu tento ser merecedora de suas graças, já que ela tem uma predisposição não disfarçada em atender a Vivi. (por puro merecimento, diga-se de passagem!) Quando meu filho Guilherme nasceu e passou 44 dias numa UTI neonatal, assim que deixamos o hospital fiz questão de passar com ele na Igreja Dom Bosco, em Brasília para agradecer a benção suprema que havíamos recebido de tê-lo com saúde. Nos 17 dias em que Rodrigo esteve internado numa UTI, pouco tempo atrás, ficava aguardando ansiosa o momento em que padre Jorge vinha rezar com ele e para ele. Sou convicta de que o restabelecimento do meu filho se deu graças a energia imensa de orações vindas de todos os cantos e de sua própria fé.

A fé é um sentimento incrível. Mas não apenas a fé que dedicamos às santidades. Ter fé na vida e nas pessoas é uma forma de estar perto de Deus. Todas as noites faço questão de rezar e agradecer tudo que tenho, que já tive e que terei. Não falo de coisas materiais. Falo da família, dos amigos e da força que todos os dias me impele a seguir em frente, apesar das adversidades, das dúvidas, das angústias, dos medos e dos desafios. Mudança de ano é sempre um momento para renovar a fé e é nela que estou apostando todas as fichas. Que a fé nunca nos abandone e que seja sempre um braço forte a nos amparar e proteger.

Tenha fé em você!

2 comentários:

Bailarina disse...

Eu não sei, sempre vi com surpresa algumas pessoas abandonarem a fé como se ela fosse diminuir a sua capacidade intelectual. Acho isso uma grande bobagem! Entendo seu período de rebeldia, todos nós passamos por ele, mas eu não tenho como negar experiências vividas vindas de Deus. Isso na minha vida é rotina e vc sabe disso. Fico muito feliz por vc anunciar a sua fé. Isso é importante. E quanto à Sta. Terezinha, continue rezando! Ela é uma fofa e um exemplo de fé na vida! Vai mandar muitas flores para vc, ainda que espirituais! Um beijão, da sua sobrinha amiga da Tetê!

Unknown disse...

Nossa fiquei mto surpresa e feliz em ler seu texto, sei q esta FÉ sempre esteve ai dentro de vc. E q cd um tem seu tempo para despertar. Com certeza o seu chegou, ter Fé não significa necessariamente ter um religião definida, mais sim ter um DEUS vivo e forte dentro de vc, mtas pessoas se perdem pois querem crer são nas pessoas e não no DEUS vivo q esta em cd um de nos. Hj mais do q nunca sou uma pessoa q CRÊ nesse DEUS vivo dentro de mim, sinto o quanto ele me AMA e me quer feliz, lutando sempre.

Bjos de sua sobrinha q lhe AMA MTO...