
Estou lendo um livro muitíssimo interessante chamado "Os Irmãos Karamabloch", um relato sobre uma família de ucranianos, os Bloch, que construíram um império de comunicação no Brasil. Durante muitos anos o destaque da empresa ficou por conta da revista Manchete, que, mal comparando, seria hoje um misto de "Caras", Contigo" e um pouco de "Veja".
A revista teve um papel importante na minha formação cultural. Foi pelas suas páginas que pela primeira vez soube da existência de Leila Diniz, Marilyn Monroe, a sina trágica dos Kennedy, Che Guevara e das coisas que rolavam no Brasil e no mundo nas décadas de sessenta e setenta.
Meu irmão Brasil assinava essa revista e outra do mesmo grupo chamada “Fatos e Fotos”. Tinha um ciúme louco de seus exemplares e certa vez quase me matou porque recortei uma de suas páginas para usar num trabalho da escola.
O que me chama atenção no livro é perceber que independente da nacionalidade, da cultura, do fator econômico, as famílias são muito parecidas e como diria Caetano Veloso... “de perto ninguém é normal”.
Toda família tem sua porção de loucos, de tarados, de muquiranas, de pistoleiras, de bons vivants, de gente que rala e de gente que nunca disse a que veio. Se algum dia pudesse escrever sobre a minha família eu o faria com a honestidade desse autor – sim, ele mesmo um Bloch – pois, para falar dos “nossos” é preciso sinceridade.
Falar da família e de seus integrantes famosos está na moda. Vejamos o exemplo de Jayme Monjardim que resolveu dirigir uma minissérie sobre a vida de sua controvertida mãe: Maysa. Imagine o quanto custou a ele abrir as gavetas do passado e – desculpe o trocadilho – passar a limpo essa estória. A catarse foi completa porque ele convidou seus próprios filhos para interpretá-lo na juventude.
Falar de família é sempre uma tarefa complexa. Todos nós temos poeira escondida sob o tapete e nem sempre é possível promover uma grande faxina. Convivendo mais de perto com a minha nesse final de ano percebi que ela é bonita, apesar de todos os seus defeitos. Olhando as gerações que começam a se mesclar é possível reconhecer aquilo que fomos, aquilo que somos e o que seremos. Esse olhar pode ser uma bússola, um balizador, pois dar prosseguimento a vidas que foram construidas a partir de muitas amostras sempre representará ônus e bônus para o nosso inventário pessoal.
A revista teve um papel importante na minha formação cultural. Foi pelas suas páginas que pela primeira vez soube da existência de Leila Diniz, Marilyn Monroe, a sina trágica dos Kennedy, Che Guevara e das coisas que rolavam no Brasil e no mundo nas décadas de sessenta e setenta.
Meu irmão Brasil assinava essa revista e outra do mesmo grupo chamada “Fatos e Fotos”. Tinha um ciúme louco de seus exemplares e certa vez quase me matou porque recortei uma de suas páginas para usar num trabalho da escola.
O que me chama atenção no livro é perceber que independente da nacionalidade, da cultura, do fator econômico, as famílias são muito parecidas e como diria Caetano Veloso... “de perto ninguém é normal”.
Toda família tem sua porção de loucos, de tarados, de muquiranas, de pistoleiras, de bons vivants, de gente que rala e de gente que nunca disse a que veio. Se algum dia pudesse escrever sobre a minha família eu o faria com a honestidade desse autor – sim, ele mesmo um Bloch – pois, para falar dos “nossos” é preciso sinceridade.
Falar da família e de seus integrantes famosos está na moda. Vejamos o exemplo de Jayme Monjardim que resolveu dirigir uma minissérie sobre a vida de sua controvertida mãe: Maysa. Imagine o quanto custou a ele abrir as gavetas do passado e – desculpe o trocadilho – passar a limpo essa estória. A catarse foi completa porque ele convidou seus próprios filhos para interpretá-lo na juventude.
Falar de família é sempre uma tarefa complexa. Todos nós temos poeira escondida sob o tapete e nem sempre é possível promover uma grande faxina. Convivendo mais de perto com a minha nesse final de ano percebi que ela é bonita, apesar de todos os seus defeitos. Olhando as gerações que começam a se mesclar é possível reconhecer aquilo que fomos, aquilo que somos e o que seremos. Esse olhar pode ser uma bússola, um balizador, pois dar prosseguimento a vidas que foram construidas a partir de muitas amostras sempre representará ônus e bônus para o nosso inventário pessoal.
Um comentário:
Eu achei que o Monjardim foi de uma coragem monstra. Mostrar a mãe, nada peculiar, modelinho - não agrado todo mundo - é no mínimo de se respeitar. Sobre a nossa família é impressionante como a gente se ama tanto, tendo tantos defeitos, não? Acho que é isso que a torna bonita. Aliás, prepare-se para reservar umas horinhas para um café comigo. Estou saudosa. "Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não para..." Um beijo grande!
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