quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Minhas Férias na "Ilha"




Dia desses li a seguinte frase: “a única coisa chata das férias é que elas acabam”. É verdade. Como dizia o mesmo articulista “sempre há uma segunda-feira esperando”.

Nessas férias tinha um compromisso: passar parte delas numa ilha. Não numa ilha qualquer. Ela fica em algum lugar do Pacífico. Não há resorts nela. As melhores acomodações ficam numa vila, mas cavernas, cabanas e barracas na praia são lugares mais seguros.

O diferencial da ilha, diga-se de passagem, paradisíaca, são seus visitantes. Do time masculino eu destacaria o jovem médico, o mau caráter bonitão, o iraquiano que foi predestinado a não ser feliz no amor, o gordinho meigo, o rock star decadente e o cinqüentão inseguro. Quanto às mulheres, vou me concentrar em Kate. Ela tem um passado controvertido, mas quem se importa com isso se ela é dona do coração dos homens mais interessantes de lá?

Estive visitando a “ilha” na companhia de meu sobrinho neto Victor. Aliás, essa visita era um compromisso que tinha com ele. Bem, para os iniciados é fácil sacar que estou falando de LOST. O seriado americano que mobiliza as atenções de um público cativo, que já mereceu uma centena de teorias sobre os mistérios que envolvem a trama e para a qual cabem muitas interpretações.

LOST fala de um vôo que saiu de Sidney, na Austrália em direção a Los Angeles, mas que não chegou ao seu destino. Caiu numa ilha. Milagrosamente, alguns passageiros sobreviveram. Esse é o ponto de partida para uma história que não tem audiência, têm adictos. Aqueles que a seguem se tornam dependentes. Tudo que querem é receber uma nova peça que possa, por fim, revelar o desenho por trás do mosaico de personagens complexas. A cada episódio vemos nossas teorias caírem por terra.

Num primeiro momento LOST parecia querer nos falar sobre globalização, já que temos nessa ilha pessoas de nacionalidades distintas. Na adversidade, elas são obrigadas a gerenciar suas diferenças sociais, econômicas e culturais, suas fraquezas, sua grandeza e sua pequenez para sobreviver à tragédia.

Ao mesmo tempo há fortes doses de misticismo, ciência, religião e aguça a curiosidade porque de alguma forma todos os integrantes do vôo que caiu parecem ter algum tipo de conexão. Há momentos em que LOST parece uma representação de céu e inferno. De bem e de mal. A ilha pode ser analisada como um local onde as pessoas vão expiar seus pecados e rever suas trajetórias, fazer correções de rumo e recomeçar uma vida diferente daquela que experimentavam antes.

E há os “outros”. Aqueles que representam uma incógnita. São os mocinhos ou os vilões? Devemos temê-los ou reverenciá-los? Há muitas perguntas sobre LOST. Ontem li uma matéria na qual os produtores diziam que é difícil agradar a todos os seguidores da série. Alguns demandam mais misticismo. Outros estão mais interessados em filosofia e religião. Mas outros – e me incluo entre eles – querem apenas saber se Kate vai escolher Jack ou Sawyer. É, podem apostar, LOST tem boas doses de romance também.

A quinta temporada começa hoje nos Estados Unidos e claro, haverá uma legião de pessoas com os olhos cravados na TV para tentar entender porque raios o Locke que ficara na ilha apareceu em Los Angeles ... bem, se você quer mais detalhes faça como eu: grude no sofá e se prepare para a aventura.

2 comentários:

Bailarina disse...

Sobre esse assunto não posso comentar! tsc, tsc..Para esse assunto vc deve chamar a sua outra sobrinha, a Cris! Beijo

Equilibrista disse...

Mas ainda há tempo para você fazer uma viagem a esse universo. Tenho certeza que você vai adorar.