segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Praia...Oba!


Hoje, depois de quase quatro dias de uma gripe forte resolvi que estava na hora de sair e de reagir. Ontem li uma matéria que falava sobre pessoas que se reinventam, que transformam suas vidas depois de um trauma, após uma desilusão. Pode não ser o caso, mas ando desanimada, pessimista... Enfim, como tenho uma viagem de férias programada para a próxima semana, pensei que valeria a pena investir um pouco nesses dias de praia. E olha, nem será "solidão com vista pro mar".


Bem, apesar da respiração ofegante, da tosse e da falta de ânimo, rumei para o Conjunto Nacional. Eu queria emoções fortes. Nada da lojinha da quadra. Não, eu queria o calor do shopping, lojas cheias, liquidações de janeiro.


Minha intenção inicial era um maiô. Bem, eu tenho dúzias de biquínis lindos e de maiôs também, mas todos são de um tempo em que eu tinha vinte quilos a menos, portanto, não são uma opção. Muito bem. Fui ao CNB, pois lá tem pelo menos uma loja que vende roupa de banho para gente grande. Deus do céu. Fiquei com a sensação de que passei uns anos em Marte. É possível acreditar que um maiô custe 319 reais???? Pois, custa! Ou seja, tenho que pagar o preço de uma passagem para Maceió para usar um maiô. Afinal, ficar pelada também não é uma opção. Eu fiquei aterrorizada. Fazer o que? Procurar exaustivamente um modelo que tivesse um preço razoável, mas no final, tive que “morrer” em 170 reais. Um desatino! Eu quase cancelei a viagem, afinal, são tempos de vacas magras para mim.


Bem, maiô resolvido eu decidi que precisava comprar umas roupinhas de praia. Meu guarda roupa nos últimos tempos não tem espaço para esse tipo de figurino. Ai começou o verdadeiro pesadelo. Como não queria fazer um grande investimento, afinal, depois essa roupa vai ficar esquecida no fundo da gaveta, fui procurar uma opção mais em conta. A Zara estava liquidando tudo, mas vocês sabem, o mundo fashion não existe para pessoas do meu tamanho. Estar acima do peso é mais ou menos como ter sido judeu em dias de Hitler. Só falta colocar uma estrela na testa. Não existe roupa para gente “plus size”.


Não, não! Engordou? Ah! Querida, agora vai pagar caro. Quer uma estampa colorida? Nem pensar. Ou veste preto, ou aquela cor que ninguém em sã consciência pensaria usar. A sensação que tenho é que ao confeccionar as roupas, um bando de magras ressentidas olham para o que há de mais feio e proclamam: “faz para as gordas”. Ou seja, além de sofrer com o excesso de peso, você precisa sofrer com a feiúra. É como se você precisasse ficar marcada, é como se essa roupa tivesse o objetivo de te fazer crer, mais uma vez, que esse mundo não é prá você.


Desculpem o desabafo, mas é de lascar. Você passa horas dentro de uma loja procurando um GG e quando encontra, ele tem aquela cor abominável. O GG está posicionado no pior lugar da arara, você praticamente precisa se debater com dúzias de cabides para conseguir alcançar a peça que quer e quando experimenta, ela não serve. Afinal, para piorar as coisas eles fizeram assim: o P virou PP, o M virou G e o G virou GG. Mas tudo bem, depois só tive que ficar uns trinta minutos numa fila gigante e ser atendida por uma “Perla” que se chamava Jucilene, mas que tinha uma camiseta escrita: “Meu nome é Mari. Posso ajudar?” Bem, eu podia ser gorda e ainda por cima me chamar Jucilene. Convenhamos, isso sim seria o fim dos tempos.

2 comentários:

Bailarina disse...

Tô curiosa pra saber como é esse maiô de 179 e o que mais vc comprou na loja da Juscilene! rs Agora, vc tá por fora! Anda na maior alta um movimento: estou fora do peso e feliz! Outro dia li algo about numa revista de moda. Juro! Tem até a modelo que é considerada a Gisele Bundchen plus size! Calma! Os dias em Maceió vão transformar tudo!

Equilibrista disse...

Eu espero! Eu espero!