segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Hollywood se rendeu a Sean Penn. Eu também!


Eu queria escrever algo descaradamente favorável a Sean Penn. Uma declaração de amor depois de tê-lo visto numa atuação brilhante no filme “Milk.”Afinal, durante muito tempo alimentei uma tremenda antipatia por ele. Sim, o big astro do cinema americano que ontem recebeu seu segundo Oscar como melhor ator. Não sou exatamente fã de Madona, portanto minha aversão não estava relacionada aos sopapos que deu nela durante o tempo em que estiveram casados. Ele apenas me parecia cínico demais ou charmoso de menos.

Em 1993 fiquei balançada. No filme “O Pagamento Final” levei um tempo enorme para descobrir que o advogado inescrupuloso de Al Pacino – o astro do filme – era Sean Penn. Achei impressionante sua capacidade de se transformar e incorporar o personagem daquela forma visceral. Entretanto, suas ótimas atuações em filmes como “I Am Sam”, “Os últimos passos de um homem” e “Além da Linha Vermelha” não abalaram minha convicção. Sean não era o astro que escolhi para chamar de meu.

Que sorte! A despeito da minha opinião - que, aliás, não afeta sequer a vida dos mais próximos a mim - Sean seguiu sua trajetória e enquanto eu torcia o nariz ele fazia ótimos filmes. Por exemplo: “Sobre Meninos e Lobos” que lhe deu o primeiro Oscar. E “21 Gramas, uma atuação magistral. Capitulei. Me entreguei completamente e não canso de me perguntar como fui capaz de ignorar o óbvio: Daniel Craig é lindo e musculoso. Tom Cruise tem um sorriso encantador. Clive Owen me faz perder o sono, mas Sean Penn é único.

Ao observá-lo mais de perto soube que é um ativista, um homem preocupado com questões políticas e ao contrário de muitos de seus pares age em favor de causas humanitárias sem fazer delas um show de marketing.
Por fim, quando não precisava fazer mais nada para que eu continuasse a incensá-lo no altar dos deuses da sétima arte assisti “Milk”. Esse filme me deu uma nova perspectiva do que seja o trabalho de um ator. O filme tem defeitos, mas Sean não ultrapassou a linha tênue que poderia torná-lo caricato atuando como um gay afetado. Ele emprestou sua arte para falar de Harvey Milk um ativista que virou o jogo na década de setenta, quando ser homossexual nos Estados Unidos era como ser negro. Harvey fez história e Sean soube contá-la de uma forma esplêndida.

E cá para nós, James Franco deve mesmo ter sentido um baita orgulho de beijar Sean. Eu adoraria. Mas ai não seria cinema e como vocês sabem, só nas telas o impossível pode acontecer.




2 comentários:

Bailarina disse...

Eu e a Alécia comentávamos outro dia sobre a nossa implicância com o Sean. No nosso caso ela veio mesmo por conta dos cascudos que ele deu na Madonna.
Eu confesso que fiquei balançada com o I am Sam e temo que Milk me faça perder a antipatia. Mas, será que a gente gosta mesmo dele ou do fato dele parecer tão convincente?
Ah, soube por uma daquelas fofocas de internet que ao ser cumprimentado pela Madonna, na noite do Oscar, ele disse a ela: "outra criança?" Cinicamente, referindo-se ao Jesus Luz, iluminado, salve-salve! hahaha

Equilibrista disse...

Bem, seguindo no território das fofocas soube pela Cris, que é a maior autoridade em Madonna que eu conheço, que depois de fazer a cena do beijo em "Milk" ele ligou para ela para comentar. Tomara que os sopapos tenham sido superados e susbtituidos por uma boa amizade. Quanto aos sentimentos controversos provocados por Sean..só posso responder por mim. E você já sabe, é amor! (rs)